A discussão é válida: restrição energética é a premissa fisiológica básica para a perda de peso. O termo “dietas restritivas”, frequentemente interpretado como algo negativo, é fruto de uma péssima leitura da literatura científica.
É verdade que grandes estudos observam reganho de peso significativo após intervenções dietéticas, independentemente da intensidade da restrição calórica.
No entanto, é importante destacar que estratégias com restrição mais agressiva parecem promover menor reganho de peso quando comparadas a abordagens mais leves.
Inúmeros fatores contribuem para o reganho após uma perda significativa: histórico de peso anterior, presença (ou ausência) de acompanhamento profissional, prática regular de exercício físico, entre outros.
Portanto, suavizar a realidade com frases como “emagreça sem dietas restritivas para evitar o reganho” ou “para não desenvolver compulsão” não é empatia — é só falta de estudo.