Há dias em que me apetece «comida fácil», outros em que me apetece elaborar mais.
Não temos de comer da mesma forma todos os dias. Está tudo bem nisso.
Há dias em que posso abrir uma lata de feijão, comer com pão e tomate cherry (tudo quase pronto sem grande trabalho). Outros em que me pode apetecer fazer um estufado de legumes com massa e grão.
Não sou melhor no dia em que cozinho e pior no dia em que «abro uma lata de feijão e como».
A refeição rápida não é, nutricionalmente, melhor ou pior do que o estufado. São as duas nutricionalmente equivalentes. Se quiserem, «igualmente saudáveis».
Não tenho que achar que «devia cozinhar» ou «devia querer cozinhar e comer X» todos os dias. Mais aceitação, menos julgamento, mais conhecimento. Há mais na vida para além de comer, treinar e dormir e trabalhar para o físico.
A nossa saúde e o que comemos é importante. Claro que sim e não estou a dizer o contrário. Mas a nossa saúde mental também faz parte. Por isso tentemos avaliar a nossa situação no contexto em que realmente está inserida, e não idealizar continuamente vidas, corpos, alimentações perfeitas [Muitas vezes digo: «arrisco-me a dizer que uma alimentação perfeita não é saudável»].
Penso que vale a pensa pensar sobre estas questões.