A minha mais recente leitura da magnífica Dra. Sophie Deram - o seu livro «O Peso das Dietas».
[Tenho muitas ideias deste livro para partilhar!]
Esta frase é tão forte, não é?
Faz-nos pensar no facto de, talvez, aceitarmos muito facilmente que alguém dite algo sobre a nossa alimentação. Ou sobre a nossa saúde.
Faz-nos pensar sobre o facto de, se calhar, não termos todos de cumprir planos alimentares para tentar “comer saudável”, ou mesmo emagrecer.
Quando alguém comenta algo porque acha que “está no direito” (quer seja profissional de saúde ou não), é caso para dizer “essa pode ser a tua opinião, mas pode não ser a minha. O meu corpo, a minha saúde, as minhas decisões”.
E todos podemos ter opiniões (lembremo-nos que vivemos em democracia).
No entanto, estar a comentá-las sem pensar no impacto que isso pode ter no outro, só porque me acho “cheia de razão e no direito de o fazer”, é sermos totós. Muito totós, digo-vos já. E o pior para mim é que acho que ainda somos desde pequenos ensinados desta forma.
Podemos (e devemos) procurar o melhor para nós. Mas mais do que o outro “saber melhor” o que pode ser melhor para nós, nós saberemos. E é por isso que somos os experts do nosso corpo. É isto é algo que vale a pena ser redescoberto e explorado.
Se muitas vezes estamos desconectados de «nós próprios»? Sim. Então o trabalho pode ir mais no sentido de percebermos como identificar melhor os sinais de fome/saciedade, comer emocional etc que vamos tendo. Identificar para saber gerir melhor. E essa gestão é individual, é uma escolha do próprio. A minha função enquanto nutricionista é guiar de forma a que a pessoa consiga encontrar, através da alimentação, um bem estar geral. E às vezes este trabalho não pode ser feito apenas com nutricionista. Eu sou o meio facilitador, no que refere à nutrição, e muitas vezes pode ser também necessário um(a) psicólogo(a) para que seja o meio facilitador no que concerne a emoções/pensamentos que podem estar a ter como resposta uma dada ingestão alimentar mas que NADA têm a ver com a alimentação. Repito: NADA. Eu sei que às vezes podemos achar que sim, que o «problema está na comida», mas não está. Muitas vezes não.
Por isso, lembra-te: é teu. O teu corpo. A tua saúde. As tuas decisões.