Você já ouviu falar em flexibilidade metabólica? Esse termo pode soar técnico, mas é um dos conceitos mais importantes (e subestimados!) quando falamos em emagrecimento eficaz e sustentável.
A flexibilidade metabólica é a capacidade do nosso corpo de alternar entre a queima de gordura e carboidrato como fonte de energia, dependendo da demanda — como ao descansar, se exercitar ou se alimentar. E isso faz toda a diferença no processo de emagrecer!
Por que isso importa no emagrecimento?
Pessoas com boa flexibilidade metabólica conseguem:
- Queimar mais gordura em repouso ou durante o jejum;
- Usar os carboidratos com eficiência durante o exercício físico;
- Regular melhor os níveis de insulina e evitar picos de fome;
- Adaptar-se mais facilmente a diferentes estratégias alimentares (como low carb ou jejum intermitente).
Já indivíduos com baixa flexibilidade metabólica, geralmente têm dificuldade para mobilizar gordura corporal e são mais propensos a armazenar energia em forma de gordura — mesmo comendo pouco.
Como desenvolver essa habilidade?
A boa notícia é que a flexibilidade metabólica pode ser treinada e melhorada! Aqui vão algumas estratégias práticas que ajudam:
✅ Pratique exercícios físicos regularmente – especialmente o treino de força e os exercícios aeróbicos;
✅ Ajuste sua alimentação ao longo do tempo, com a orientação de um nutricionista, que irá adaptar a quantidade de carboidratos e proteínas de acordo com a sua evolução e os resultados do emagrecimento;
✅ Inclua alimentos de baixa densidade calórica e ricos em fibras – como vegetais, frutas com casca, leguminosas e sementes;
✅ Cuide da qualidade da gordura da dieta – prefira as insaturadas (como azeite, abacate e oleaginosas) e evite os excessos de gorduras saturadas;
✅ Durma bem e reduza o estresse – dois fatores que influenciam diretamente na regulação hormonal e uso eficiente da energia.
E no prato, como isso se aplica?
Um bom exemplo é começar com uma dieta mais “low fat” nos primeiros meses de reeducação alimentar — com mais carboidratos e menos gorduras. Essa abordagem melhora a adesão à dieta e prepara o terreno para, futuramente, utilizar estratégias como low carb, jejum intermitente ou aumento de proteínas, que favorecem a flexibilidade metabólica e aumentam a queima de gordura.
Sendo assim, flexibilidade metabólica não é uma moda passageira, mas sim um pilar para o sucesso no emagrecimento. Mais do que contar calorias, é sobre ensinar o seu corpo a funcionar de forma mais eficiente. E isso é possível com um plano alimentar bem pensado, boas escolhas e paciência no processo.
Referências:
Smith RL, Soeters MR, Wüst RCI, Houtkooper RH. Metabolic Flexibility as an Adaptation to Energy Resources and Requirements in Health and Disease. Endocr Rev. 2018 Aug 1;39(4):489-517. doi: 10.1210/er.2017-00211. PMID: 29697773; PMCID: PMC6093334.