A osteoporose é definida como uma doença osteometabólica multifatorial caracterizada por baixa massa óssea associada à deterioração da microarquitetura do osso, acarretando aumento do risco de fragilidade e, consequentemente, de fraturas. É uma doença que deve ser tratada com cuidados paliativos, pois não há cura, podendo provocar incapacidade de homens e mulheres acometidas.
As causas da osteoporose podem ser hormonais, mecânicas, genéticas e nutricionais. Nas mulheres, a osteoporose está particularmente associada à menopausa, sendo atualmente um problema de saúde pública. Estima-se que afete mais de 25 milhões de mulheres em todo o mundo. Está relação acontece, devido ao envelhecimento natural feminino. E é natural que a baixa de estrogênio (hormônio feminino) nessa fase da vida da mulher suprima a reabsorção óssea, causando um desequilíbrio entre a formação e a reabsorção.
Os dados mostram que com a menopausa, a reabsorção excede a produção óssea, levando a uma perda anual de 3% a 5% da massa óssea nos primeiros anos, podendo continuar com taxas de perda de 1% a 2% ao ano na saúde óssea da mulher. Esta ocorrência da osteoporose em mulheres na menopausa pode levar a elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.
Alguns fatores associados podem ainda contribuir com o risco de desenvolver osteoporose, incluem estrutura frágil, depleção de estrógeno, sedentarismo, peso, gordura corporal inadequados, tabagismo, consumo excessivo de álcool, de fibras, de proteínas e de cafeína, ingestão inadequada de cálcio ou vitamina D, uso prolongado de determinados medicamentos, doenças ou condições que afetam o metabolismo de cálcio e historia familiar de osteoporose.
Contudo o aspecto nutricional é fundamental ao desenvolvimento e à manutenção da massa óssea, prevenindo e tratando a osteoporose. No tratamento, é importante garantir um pico de massa óssea adequada, minimizar as perdas a partir desse período, garantir sempre aporte nutricional adequado, estimular a prática de atividades físicas regulares e orientar para a prevenção de quedas. Destaca-se ainda que o cálcio é um dos componentes na alimentação de grande importância para o tecido ósseo.
Outro fator em destaque é a demanda de colágeno no corpo é influenciada tanto pelo envelhecimento quanto pela má alimentação. Tais alterações não são perceptíveis nos primeiros estágios da vida, mas tornam-se evidentes na maturidade, fase em que a ingesta alimentar não supre as necessidades recomendadas tanto em energia quanto em macro e micronutrientes.
Portanto, um prato colorido e equilibrado nutricionalmente deve fazer parte da rotina alimentar da mulher na menopausa com osteoporose, fornecendo a quantidade necessária de cálcio, vitamina D, colágeno, assim como outras vitaminas e minerais. Não só com o intuito de adequar a massa óssea, mas também para manter a saúde do corpo e garantir o seu funcionamento adequado.
Dra Emanuelly Souza - Nutricionista CRN6 20700