Entende-se por ergogénico uma estratégia que melhora o rendimento físico/intelectual do indivíduo podendo ser um composto bioativo presente num suplemento/medicamento, uma estratégia nutricional ou de treino, um equipamento ou até uma intervenção psicológica.
A alimentação pode ter um efeito ergogénico através de vários mecanismos relacionados com:
1) a melhoria da recuperação, permitindo ao atleta treinar consecutivamente
2) a otimização das reservas energéticas nomeadamente de glicogénio muscular
3) a biogénese mitocondrial (um efeito pretendido por diversas estratégias de treino e periodização nutricional não mensurável de forma direta)
Nesse sentido, a alimentação de um atleta deve:
- Suprir as suas necessidades energéticas, de macro e micronutrientes acrescidas devido ao esforço físico
- Assegurar o devido reforço energético intra esforço sempre que necessário
- Promover a reposição de água e eletrólitos assegurando um bom estado de hidratação
- Contribuir para a redução da percepção subjectiva de esforço e atrasar a fadiga em treino e competição
Ao contrário das variáveis associadas à condição física (ex: força, velocidade), não há uma forma de avaliar o contributo da nutrição nesta melhoria pelo que por vezes parece ser ignorado o papel vital que uma alimentação harmoniosa, adequada e suficiente para que um atleta de topo esteja no seu melhor. Infelizmente não há suplemento nem alimento no mundo, por muito importante que seja a nutrição, que possa tornar um atleta comum num indivíduo fora de série. Não é possível suplementar nem alimentar talento. Mas é determinante fornecer o que o atleta requer para o poder mostrar.