A periodização é uma arte, tanto no treino como na alimentação. É uma estratégia avançada de adequação de variáveis em função de objetivos e considerando o fator tempo.
Há várias premissas essenciais para fazer uma periodização adequada da alimentação:
1) Definir um mesociclo de treino com duração (semanas), número de sessões (frequência) e intensidade definidas para cada sessão considerando um dado objetivo para esse mesociclo
2) Em função disso pode haver treinos com uma intensidade diferente que devem ser o foco das atenções. Num praticante de musculação, pode ser o treino de membros inferiores ou de músculos em défice enquanto num praticante de modalidades de endurance podem ser as sessões de intervalos e os longos. Aqui é onde deve estar mais energia alocada.
3) E depois há sessões complementares que podem servir para acumular volume (kms, tempo) ou aumentar o dispêndio, aqui é onde se "deve tirar o pé" na maior parte dos casos
Então nestes pressupostos há várias estratégias possíveis de periodização que assentam no princípio "fuel for the work required". As duas mais utilizadas são:
1) Ciclar de hidratos com dias altos, médios e baixos
2) Training low - que consiste em mexer no timing dos hidratos de carbono ao longo do dia. Pode implicar treinar depois de uma refeição de proteína e gordura ou mesmo em jejum, 2x ao dia ou sem hidratos de carbono entre sessões. Não quer dizer que a ingestão do dia seja baixa, simplesmente são colocados de forma estratégica.
Antes de implementar qualquer uma destas estratégias é importante o indivíduo ter o plano alimentar base definido, ser consistente e conseguir ter adesão suficiente. Depois começam a implementar-se as estratégias mais adequadas à modalidade e ao objetivo.