Sou mestre em Educação Alimentar, estudo continuamente sobre comportamento alimentar e realizei formações profissionais em áreas específicas como o vegetarianismo, microbiota e saúde gastrointestinal.

Independentemente do seu objetivo, não acredito em métodos iguais para toda a gente e sou apologista de uma nutrição mais sobre pessoas e um pouco menos sobre números. Durante o meu acompanhamento o foco não será apenas o número na balança, mas a sua saúde como um todo. Ou seja, uma alimentação saudável que seja prazerosa, menos uma fonte de stress ou culpa na sua vida e com espaço para as devidas exceções sociais, de uma forma leve e consciente. É esse o meu objetivo a longo prazo - que alcance a sua liberdade e autonomia alimentar.

Esta visão foi sendo construída ao longo do meu caminho, não só profissional como pessoal. Por ser açoriana, cresci envolvida numa gastronomia muito rica, aliada à valorização do alimento como tradição e partilha à volta da mesa. No entanto, o interesse pelas Ciências da Nutrição só surgiu quando o meu pai foi diagnosticado com cancro. Todos lá em casa iniciámos uma viagem em prol de uma alimentação mais saudável e que nos fez adquirir hábitos para toda a vida. Mas, não se engane, cometi vários erros pelo caminho! Senti na pele a dificuldade em filtrar a informação contraditória que nos rodeia e a ansiedade que daí pode resultar. Só na licenciatura é que tomei consciência de que não adianta focar-nos apenas em nutrientes e no seu papel preventivo de doenças, se isso resultar numa relação complicada com a comida. Se a definição de saúde pela OMS engloba o bem-estar físico, mental e social, que sentido faz a alimentação focar-se apenas no bem-estar físico? Está na hora da alimentação saudável estar de mãos dadas com o conceito de saúde.

Vamos começar, juntos/as?