Recebi muitas mensagens sobre dúvidas de clientes que leram o post que publiquei a semana passada em que estabeleço uma relação entre o aumento da circunferência abdominal e a Síndrome Metabólica (SM). Pois muito bem, vou tentar explicar isso tudo mum pouco melhor. O sobrepeso e a obesidade podem significar muitos riscos pra sua saúde. Eu não estou falando de “dieta”, até porque não acredito em soluções temporárias, estou falando que você pode escolher ter ou não ter uma alimentação saudável no seu dia-a-dia.
A Síndrome Metabólica é uma espécie de “transtorno” que ocorre no funcionamento do seu metabolismo, ou seja, um conjunto de problemas que foram gerados devido à uma sequência de escolhas que fizemos no decorrer de toda a nossa vida e que, em um determinado momento, gera um distúrbio muito maior e com inúmeras consequências.
Obesidade, hipertensão arterial e alterações no metabolismo de açucares e de gorduras, quando reunidos, constituem um fator importante de risco para o desenvolvimento de inúmeras doenças, como os desequilíbrios cardiovasculares, por exemplo, um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo.
Sabe quando começas a perceber que tuas análises anuais começam a ter pequenas alterações (glicémia, triglicérides, HDL-c...), e que essas alterações vão ficando maiores e maiores e maiores...? E percebes ainda que tua circunferência de cintura está cada vez mais volumosa...? Isso pode ser um importante sinal para o diagnóstico de Síndrome Metabólica, que vai ser a base para o desenvolvimento para vários tipos de cancro, Diabetes tipo II, doenças cardiovasculares e tantas outras desordens...Nesse caso, deves conversar com teu médico de famíliame procurar um nutricionista.
Hoje, a base da nossa alimentação está resumida a alimentos processados e ultraprocessados. Isso quer dizer que você ingere excessos de: farinhas diversas, açucares dos mais diversos tipos, edulcorantes (nome disfarçado para adoçantes), sódio, conservantes, estabilizantes, emulsificantes, realçadores de sabor e uma série de outras substâncias que não tem nome e são traduzidas por números nos rótulos dos alimentos de forma totalmente incompreensível.
Entenda que não se trata apenas de ingestão de excesso de calorias, mas sim de excesso de substâncias que o seu corpo não reconhece como alimento. E como já citei aqui em outro post, esse é o ponto, porque a partir das escolhas que você faz todos os dias, será definido se você vai seguir pela ‘estrada’ da saúde ou pela ‘estrada’ do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (Cancro, Diabetes Tipo II, Hipetensão Arterial, Obesidade...).
Em nutrição, há uma idéia muito divulgada que é a seguinte: “Desempacote menos e descasque mais!”
REFERÊNCIAS
1. International Diabetes Federation. Consensus Statements. IDF Consensus Wordwide Definition of the Metabolic Syndrome.
Disponível em: https://www.idf.org/e-library/consensus-statements/60-idfconsensus-worldwide-definition-the-metabolic-syndrome.html. Acesso em 06 mar 2019.
2. Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia; Sociedade Brasileira de Diabetes; Associação Brasileira para Estudos da Obesidade. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Vol.m84. Suplemento I. 2005. P. 3-28. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005000700001&Ing=en&nrm=iso. Acesso em: 23 maio 2019.